Eu posso não entender de direção, ou saber da fotografia de uma filme ou da maestria de uma trilha sonora. Entretanto, dentro da minha limitação, apenas preciso dizer que faz muito tempo que não saio de uma sala de cinema tão, extasiado... Essa é a palavra.
Bem, eu jamais poderia fazer uma crítica sobre o filme, ou pelo menos não iguais as que eu leio (e invejo) por aí, mais com a liberdade que o espaço me permite, resumo todo o filme em "subjetividade". Engraçado que pouco antes do filme começar em tinha na mente a ideia de que toda a trama seria simplesmente para mostrar a inveja entre a personagem de Natalie Portman e de Mila Kunis e eu até "comentei" comigo mesmo que o filme não poderia ser só sobre isso.
Não demorou muito para perceber que tudo ia além e era maior do que minha pequena e infundada suposição. Toda história é voltada para a mente confusa de Nina (Portaman) em busca da perfeição do seu papel e a sua luta contra sua principal rival que não era Lilly (Kunis), mas sim a única que poderia por todos seus sonhos à perder: ela mesma.
A partir do momento que "realizamos" sobre o assunto, recebemos um convite claro para entrarmos nessa cabeça completamente desnorteada, brilhantemente interpretada por Natalie e a construção do filme foi tão impecável que em momento nenhum, pelo menos para mim, dava desconfiar de algo não estivesse acontecendo no mundo real. Não quero de modo algum revelar nada do filme porque eu quero muito que você que ainda não viu tenha a mesma sensação que eu tive quando as luzes se acenderam, que trocando em miúdos foi tipo assim: "Isso realmente aconteceu!?".
Todo filme é um sonho (com toques de pesadelo em muitos momentos) e descreve um drama que por muito pouco não chegou ao terror, causada por uma mente em colapso. No fim, e que filme, só restou a confirmação do que o roteiro fez questão de ressaltar sem nenhuma falsa modéstia: "Perfeito..."
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