Faça elevar... o cosmo no seu coração...
Geralmente as minhas confissões de sexta à noite são coisas embaraçosas, guilty pleasures ou manias compulsivas. Bem, as primeiras foram assim. Contudo, a intenção dessa "sessão" não é somente jogar areia na minha dignidade, é também mostrar outras coisas que eu gosto e que no dia-a-dia do blog não tenho espaço para falar. E como um plano de resgate após muitos guilty pleasure, eu escolhi falar sobre algo que eu me orgulho muito de gostar e faço questão de anunciar isso! Prepare sua armadura e peça forças à Atena. Direto da infância de muita gente e no meu caso, direto da adolescência, Cavaleiros do Zodíaco!
Eu sou um defensor da minha geração. Eu nasci e me criei com tudo que os anos 90 ofereceram em termos de programas, desenhos, doces, brinquedos e tudo mais. Tenho uma afeição muito grande com essa época e não acho que ela deva nada aos badalados anos 80, 70 e 60. Contudo, se há um movimento pelo qual eu desejei ter sido mais velho para viver em toda sua totalidade e no seu grande significado para época, foi a febre Cavaleiros do Zodíaco.
Historicamente falando, a saga criada por Masami Kurumada enquanto mangá, foi lançada pela primeira em 1986 e o ano não tinha acabado com a animação foi exibida pela primeira vez no Japão, em 11 de Outubro de 1986. Nesta época, eu não era nem um projeto na mente dos meus pais. O mundo só teve o prazer de me conhecer seis anos depois, no ano de 1992, ano em que a saga chegou à Europa, onde adquiriu o nome ocidental, Cavaleiros do Zodíaco, nome que recebeu na França, Le Chevaliers du Zodiaque.
O brasileiros ainda demoraram dois anos para ter a série passando em suas televisões e foi a extinta TV Manchete, que em 1ª de Setembro de 1994 introduziu para o nosso país algo que mudaria os rumos da juventude da época. Eu, com apenas 2 anos, não era nada além de uma chupeta e um velocípede, mas meus primos, já adolescente, viveram essa época e anos mais tarde, ouvindo as histórias eu não conseguia entender o porque de tanta euforia. Nisso eu já havia ingressado nos caminhos da animação japonesa nos braços de Dragon Ball Z, Pokémon, Digimon e por aí vai.
Eu acontecei para CDZ quando, passado o momento de transição entre a primeira infância e a pré-adolescência, eu troquei as revistas Recreio (que para minha surpresa ainda existe), e comecei a adquirir revistas sobre animes, uma delas Ultrajovem, que falava dos desenhos da época. Conheci Inuyasha por causa dele. Enfim, mais era outra revista que não vou me lembrar o nome mesmo que se tornou icônica. Trazia na capa Seiya, Hyoga, Shiryu, Shun e Ikki dando destaque para a Saga de Hades, que foi muito esperada pelos fãs brasileiros, mais com a extinção da rede Manchete, ficou só na vontade.
E eu li aquela revista por muito tempo... Essa e outras que falavam de um assunto estranho, um tal de cosmo, e as constelações, e deuses e cavaleiros. Foi então que no ano de 2004, exatamente no dia 05 de Julho, dez anos após a primeira exibição em terras brasileiras que eu assisti pela primeira vez (consciente do que eu estava vendo) ao episódio "As Lendas de Uma Nova Era", no bloco de desenhos animados com a apresentação sofrível da Kelly Key na Band.
O fato é que toda tarde, religiosamente eu esta ali, encantado por toda a saga e tudo mais. Em 2004 eu ainda não tinha computador em casa e a "lan house" só foi surgir na minha vida no ano seguinte, então eu ainda dependia das revistas e da televisão para saber das coisas e me inteirar das coisas. O advento do primeiro computador na minha casa aconteceu mais ou menos quando chegava o fim a exibição da primeira temporada da série na Band. Então, meio que órfão de CDZ, ainda esperei alguns meses até que deixasse a internet discada e passasse para banda larga, o que aconteceu em meados de 2007 para dar continuidade com a série. Acredito que tenho sido a primeira série propriamente dita que eu baixei da internet. A Saga de Asgard e de Poseidon e tudo mais que você podia imaginar. Trilhas sonoras, vídeos extras, imagens e mais imagens, que serviam para os meus desenhos, algo que fazia na época.
Então, finalmente eu alcancei os OVAS da Saga de Hades. Acho que foi um dos momentos mais esperados que eu já tive em relação à séries. Depois de anos lendo a mesma revista que dava detalhes de uma saga nunca passada no Brasil eu estava a alguns minutos de download de tê-la para assistir. Foi quase uma epifania. Sabe, eu tenho muita "sorte da coincidência". Quando terminei de assistir os 13 episódios da Fase Santuário e mais alguns da Fase Inferno, eu alcancei a exibição original, e acabei assistindo até ultima parte da Saga de Hades, a Fase Elísios, junto com a transmissão japonesa, no ano de 2008/09. Foi algo incrível, porque mesmo "atrasado" 10 anos, eu cheguei ao fim daquele momento da série como um "fã das antigas" vendo algo novo! Deu para entender??
E quando tudo parecia que tinha chegado ao fim, eis que surge mais uma capítulo da saga CDZ. Claro que hoje vivemos em um mundo diferente, onde conceito de "febre" mudou. Antigamente, com a falta de acessibilidade, um produto era massificado e todo mundo passava a gostar da mesma coisa. Hoje com a pluralidade e a diversidade de movimentos, é quase impossível que aconteça uma mobilização tão grande entre uma grupo etário como aconteceu nos inicio dos anos 90. Os fãs também mudaram, se você chegar para alguma criança hoje, seu referenciais de desenho não Naruto, Ben 10 e sabe mais o quê e CDZ entrou naquela categoria de fãs saudosistas e já meio passados.
Nos dias de hoje, 2011, Os Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas, está sendo exibido em sua segunda temporada lá no Japão e por intermédio no nosso bom amigo download, em poucos dias pinta aqui no Brasil. Ah se tivéssemos essa facilidade uns 20 anos atrás... E com isso você percebe que o espaço dela série diminuiu ao ponto de sobreviver daqueles que como eu, em algum momento da vida foram contagiados por esse movimento.
Enquanto eu estava escrevendo este post eu fui realizando que estou ficando velho! É verdade, com meus 19 anos recém adquiridos eu já posso me dar ao luxo de sentir falta do passado e ter ter lembranças de coisas antigas. Se você é bem mais velho que eu e está pensando "Como um garoto pode dizer que tem saudades do passado?". Pois é, este post inteiro foi sobre o meu passado e sobre um dos acontecimentos que marcaram as fases da minha vida. Mas enfim, antes que alguém aí me lance um "Meteoro de Pégaso" ou um "Pó de Diamante", termino este relato sobre uma série que marcou minha "saudosa juventude" e de com toda certeza desse mundo, de milhares e milhares de jovens por aí!
ROZAN SHOURYUU HA!!!!!
1 comentários:
Cara eu sei o nome da revista que vc se refere no começo do relato é herói nº 1 eu tb comprei abraços!!!
Segue link onde tem pra download
http://www.jam-station.com/2010/01/revistas-heroi-algumas-para-download.html
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