11.1.12

Top 5 das Comédias Brasileiras

capabrÉ comum quando nós mergulhamos na TV americana, inglesa, canadense, enfim, tiramos os nossos olhos da nosso própria televisão e somente falar mal dela quando resolvemos parar para ver algo. Isso vem também na nossa falta de empatia com a cultura nacional, uma vez que essa é desde sempre bombardeada por coisas de gosto duvidoso. Porém, é claro que existem coisas incríveis em todas as esferas culturais do Brasil e nas séries também, obviamente.

Mesmo num pais onde o principal expoente televisivo é a telenovela (gênero que fui fã durante muitos anos), a produção de séries, mesmo ficando à margem, sempre foi algo levado em conta. O primeiro seriado no Brasil foi ao ar em 1954, na TV Record, chamado "Capitão 7" e aí vieram dezenas, como "A Família Trapo", as primeiras versões de "A Grande Família”, em 72 e "Carga Pesada" em 79.

Atualmente, a TV brasileira está voltando os olhos com mais, digamos, carinho para as séries. Ainda estamos longe dos Estados Unidos, cuja indústria televisiva nós conhecemos bem. Junto com elas vem as minisséries, que eu particularmente adoro, dando o crédito devido a Globo, que é o principal nome.

Minha lista rápida de séries nacionais preferidas é completamente cômica. Eu sou um grande telespectador de comédias nacionais e muitas vezes me fazem gargalhar mais do que muita série americana, já que é um humor mais próximo ao nosso, com elementos que reconhecemos e vivemos. Chega de introdução e vamos a lista!

1. SAI DE BAIXO

sdb
A série com seu formato único foi um dos grandes estouros dos anos 90, inicio dos 2000, trazendo a irreverência dos seus atores que abusavam da metalinguagem, dos improvisos e dos erros inerentes de uma comédia gravada ao vivo com ares de peça teatral. Seus bordões, inesquecíveis. "Cala boca Magda", "Tenho horror à pobre”, "Por favor salvem a professorinha”, são um dos exemplos. A série durou 7 anos e chegou ao seu final já sem o fôlego inicial. Passou por diversas trocas de atores e a fórmula se desgastou, porém o sucesso foi e é incontestável.

2. OS NORMAIS

on
A série escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado (que viriam a escrever outras séries como Os Apones, Separação e atualmente Macho Man), é até hoje a série de maior audiência numa sexta-feira e ainda é um sucesso, visto as duas sequências em filme. Rui e Vani viraram sinônimo de casal normal e a série ganhou status de inovadora, trazendo novos ares à forma de fazer humor.

3. A DIARISTA

ad
Mesmo dirigida pelo menos diretor de Os Normais (José Alvarenga Jr.), a série de Marinete não copiou estilos. O elenco era afiado, as situações divertidíssimas e muitas vezes reais ao estilo suburbano de ser. Cláudia Rodrigues não inventou um maneira de estereotipada de fazer uma faxineira. Ela trouxe elementos bem comuns e conhecidos das classes mais baixas, o que calhou numa aproximação muito grande com o público, que ia de crianças à idosos sem nenhum problema, porque o texto e seu conjunto era impecável.

4.  TOMA LÁ DÁ CÁ

tldc
Eu tenho um carinho muito grande por TLDC. A série continuou mantendo o bom nível das séries de terça-feira na telinha, alcançando picos de audiência. A turma do Jambalaya Ocean Drive começou discreta, com as duas famílias vizinhas as turras, lutando para se entender. Aos poucos começou a surtar e o público acompanhou e aceitou os surtos psicóticos do texto divertido e ágil de Miguel Falabella. Logo as histórias de Pato Branco ficaram sem nexo nenhum, as aventuras de Copélia eróticas demais e todo mundo embarcou nessa loucura. Responsabilidade também dos grande atores que formavam o elenco, principalmente Miguel e Marisa Orth, que em nenhum momento flertaram com seus antigos papeis em Sai de Baixo. Acabou com fôlego para mais, entretanto, preferiu deixar saudades do que se perder, e o risco era grande.

5. A GRANDE FAMÍLIA

agf
Ela já estaria de parabéns simplesmente por estar no ar à 11 anos ininterruptos, o que é um grande feito, aqui ou em qualquer parte do mundo. Conseguiu fazer um sucesso muito maior que seu remake e ainda é um grande referencial de comédia familiar, com os conflitos e as "animadas confusões" da família Silva, tipicamente suburbana e legitimamente brasileira. Ao longo desse tempo todo, foi se adaptando as mudanças e mesmo ainda coerente com o começo da série, como a malandragem de Agustinho Carrara, a superproteção da Dona Nenê e a choradeira de Bebel, a série permitiu um crescimento dos seus personagens, levando-os muitas vezes, principalmente na última temporada, a se aproximar bastante do drama, com episódios capazes de fazer os mais sensíveis chorarem. O tempo passou mais "A Grande Família" conseguiu se manter fresca, mostrando que uma fórmula não é gasta completamente, graças ao rodízio de roteiristas, permitindo assim novas formas de pensamento, assim como em Sai de Baixo.



Claro que ainda há séries a serem acrescentadas, tanto no humor como no drama. "Sob Nova Direção", "Os Apones", "Armação Ilimitada", "Divã", "Mulher" (1998), "Força Tarefa", "As Cariocas", "A Cura" e as produção "9mm: São Paulo" e "Oscar Freire 279".

E ainda abrindo espaço para falar das produções nacionais, o próximo post será sobre minisséries, esse segmento que é tratado com excelência e gera trabalhos incríveis. Não deixe de conferir.

3 comentários:

ahhh que giro!

De todas, só vi o Sai de baixo e Toda a família, que foram as que passaram em Portugal.
De todos os anos de exibição de, sobretudo, Sai de baixo também ficaram muitas expressões e sobretudo a grande admiração pelo Miguel Falabella, que é um dos meus actores brasileiros preferidos.

Gosto da aposta na ficção brasileira!

Eu substituiria A Diarista (não vejo graça na Cláudia Rodrigues) por Sexo Frágil ou Os Aspones. De resto, aprovei todas.

Os Normais é uma das minhas séries PREFERIDAS. De toodas que assisto (brasileiras ou não). As 3 temporadas são maravilhosas. Queria que continuasse :-/
E os filmes são muito bem feitos (dando destaque ao 2)

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante! Então, já que você chegou até aqui, comenta vai!