Estando à sombra de Perfect Couples e Traffic Lights, duas série que achei completamente chata em todos os sentidos, Happy Endings quase enveredou pelo menos caminho devido ao conceito prévio adquirido por estas duas séries. Sabe quando a base de uma coisa gerou resultados terríveis? Pois é, quase que perdi a chance (mais uma vez) de ver algo realmente legal por isso...
Sorte que, como eu sempre digo, "antes tarde do que nunca" existe para ser usado. Relembrando os antigos títulos dos meus primeiros reviews: Eu, eu mesmo e... Happy Endings!
Foi preciso a série ser renovada e uma série de comentários positivos no Twitter para eu me voltar para Happy Endings. De fato, eu já havia assistido ao episódio piloto mas como bem disse acima, o "trauma" de outras séries parecidas, e de nenhum sucesso, me deixaram na dúvida quanto a qualidade e se valeria a pena.
Como se não bastasse, a série surgiu num momento que muitas séries caminhando para o fim e em contrapartida, muitas coisas acontecendo e me deixando sem tempo e acabei por deixá-la. Mais aí, não sei precisar o dia, mas depois de ler vários tweets à respeito eu acabei por dar uma segunda chance (eu não gosto do conceito "dar uma segunda chance", mas em frente) e aos poucos, e tomei cuidado para ser aos poucos mesmo, foi me apegando a série. Acredito que um dos momentos que me fez "cair nas graças da série" foi quando a personagem Penny descobre que fala italiano quando fica bêbada! =D.
Falando em graça, Happy Endings não me faz sentir dor no estômago ou perder o fôlego de tanto rir, na verdade poucas séries me fizeram isso acontecer. São situações bobinhas vistas em comédias românticas e, bem, eu gosto demais de comédias românticas (de Sandra Bullock à Reese Whiterspoon passando por Jennifer Aniston inclusive) e vi na série algo bem próximo ao gênero.
Umas semanas atrás, o TV Squad lançou um artigo com um título muito curioso, questionado se Happy Endings seria mais moderna do que Modern Family. Você pode lê-lo aqui, mas destacando alguns pontos, a autora dizia que a série estava mais próxima do retrato da sociedade ocidental e ainda sobre a questão da homossexualidade, que enquanto em Modern Family é cercada por estereótipos e de certa forma mascarada pelo senso comum à cerca disso, Happy Endings é mais tranquila e natural ao lidar com o assunto, que é o que de se esperar atualmente. Outro ponto destacado foi sobre sobre a composição do grupo, enquanto em Friends todos eram brancos de cabelos lisos, ter um casal inter-racial e um gay sarcástico (consigo mesmo muitas vez), é uma ilustração mais honesta da realidade em que vivemos.
Realmente Happy Endings trata seus assuntos de uma forma muito natural, fazendo piadas com a sociedade americana, acontecimentos locais e mundiais e brinca de uma forma muito divertida com as situações causadas pelos relacionamentos pessoais. Claro que não é perfeita, há seus momentos de piada passadas e situação forçadas, mais de um modo geral, cumpre aquilo para qual foi criada. Ela simplesmente faz e o resto é por conta de quem vê. Como disse, não morro de rir, mas a comédia não deve ser medida somente com a intensidade do nosso riso, mas pela diversão que ela proporciona. Aquele riso sem mostrar os dentes que fica na cara durante os 20 minutos de série.
Talvez não seja à mais moderna, ou a mais divertida. Vou falar algo e, acredito que vou ser precipitado, mais talvez, TALVEZ, esse seja o sexteto de amigos mais interessante que passou pela telinha desde Friends. Como à moça da TV Squad, estou arriscando supor algo que vai contra a opinião geral. Friends é e será sempre um referencial em comédia de relacionamento e claro que não espero (e nem acho) que alguma série vá superá-la, no entanto, Dave, Alex, Brad, Jane, Max e Penny tem tudo para ser um sexteto pra lá de interessante.
Obs.: O personagem Brad me lembra bastante o saudoso e inesquecível Michael Kyle, de "Eu, a patroa e as crianças". O fato de Damon Wayans Jr. ser filho de Damon Wayans, interprete do personagem (que já fez uma participação pra lá de especial na série) contribui demais para isso e as situações de Brad com Jane quase, QUASE, me faz ver um "Michael & Jay Reborn". =)
Até!
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