4.8.11

Party in the USA (Parte 2): Suits e Necessary Roughness

partyintheusa_fsE demorou! Tanto quanto a primeira parte, a continuação do "Party in the USA" chega no momento certo para comentar sobre Suits e Necessary Roughness que formam esse quarteto fantástico ao lado de Covert Affairs e White Collar e seguindo a fórmula viciante que a rede tem em suas séries, os desbravamentos psicológicos de Dani Santino e o golpe de mestre de Mike e Harvey me ganharam de cara. Porque será que não fiquei surpreso?

suitsComeçando por Suits, anterior a estreia, ainda na fase ler sinopse/ver trailer, eu associei a série com os principais elementos de White Collar, deixando o escritório do FBI e passando para um grande escritório da advocacia da mesma Nova York. Semelhante à Neal, Mike é um cara com habilidades especiais, uma memória fotográfica afiadíssima e uma capacidade de gravar os detalhes mais imperceptíveis. Isso poderia tê-lo levado por um caminho série o proveitoso, mas pareceu mais fácil seguir um "submundo", fazendo os testes de advocacia para estudantes "mal-caráter" do que dedicar a si mesmo e se tornar um grande advogado.

Em contrapartida tem Harvey, que não se parece muito com Peter até encontrar Mike. Com um estilo "playboy", se achando a última bolacha do pacote e com a síndrome de House (achando que pode fazer o que quiser, porque é um gênio, o melhor da sua área e perdê-lo seria uma falta irreparável para humanidade) ele encontra Mike fugido de uma situação que envolvia tráfico de drogas e ambos chegam a um acordo que se bem executado faria bem a ambos. Harvey estava sendo obrigado a encontrar um novo associado e Mike queria mudar de vida. Então ele passa a fingir ser um advogado formado em Harvard e Harvey o contrata e passa encobri-lo.

A partir daí os dois formam uma dupla imbatível, antecipando pensamentos, agindo em conjuntos, mas Harvey sempre com um pé atrás graças a insistência de Mike em flertar com sua vida anterior. Parece White Collar pra você agora? O fato é que a química entre ambos fluiu e a série igualmente. O estilo é "caso por semana", mais há uma teia recorrente que é justamente referente a farsa que ambos criaram, explorando a tensão de viver sobre a corda bamba de tudo ir por água abaixo e isso torna a série uma experiência melhor que Franklin & Bash por exemplo.

Suits ainda conta com a participação de Gina Torres e desde que assisti Firefly, adquiri uma feição imediata com todos os atores da série como Nathan Fillion, Morena Bacarin, Summer Glau e a própria Gina, que interpretava o braço direito e esquerdo de Malcom (Nathan). Ela é Jessica Pearson, dona do escritório que tem uma relação tipo House & Cuddy mas sem o dramalhão e o romance. Outros personagens dão o tom a série, como Rachel, assistente jurídica do escritório e primeira a descobrir um parte do passado de Mike e Louis, o segundo maior associado que tem uma rivalidade com Harvey e sempre está um passo de descobrir a verdade sobre Mike se não fosse tão desatento a isso. Enfim, uma série mais válida!



necroughE chegamos a Necessary Roughness, que é primeira série da USA que eu conheço que foge do tema policial e/ou espião, que não tem nem FBI, nem CIA, nem advogados ou agentes e sim tendo como protagonista uma terapeuta que do dia para noite tem sua vida mudada, com a separação após descobrir a traição do marido e um novo emprego que a colocou no centro de um grande time de futebol americano.

Danielle Santino, terapeuta, mãe de dois filhos, bem casada e dona de uma casa de dar inveja. Tudo lindo... Ou pelo menos parecia. Seu casamento foi por água abaixo, sua relação com os filhos não é das melhores e agora sua casa/consultório é constantemente visitada por um astro do futebol americano com sérios problemas de raiva. T.K. ou Terrence King tem um histórico de confusões em seu passado e isso começou a afetar seu desempenho dentro de campo que levou o técnico do time a obrigá-lo a fazer terapia. No começou foi uma confusão, ele não queria, mais foi.

Dani no começou foi contra mas no fim aceito e não quis abrir mão do paciente, mas mal sabia ela que seria mais complicado do que o habitual. A série mistura o estilo "caso por semana" com a história recorrente de T.K., que ao que parece vai demorar até virar uma pessoa que não se mete em confusão ou quebra um celular na cara de um torcedor.

E além desses dois seguimentos, ainda acompanhamos de perto os problemas pessoais de Dani com os filhos adolescentes revoltados, o difícil processo da separação e a tentativa de voltar a ativa depois de tantos anos de casado. Lendo assim parece até um drama pesado, mas na verdade é uma grande comédia romântica, que não foge dos questionamentos psicológicos sobre os relacionamentos humanos, o modo de enxergar a vida e os problemas que vamos enfrentado ao longo dela. Uma série despretensiosa que ilude ao ponto que não é grande coisa.

Gosto da exploração dos elementos psicológicos, ainda mais porque sempre digo que gosto de procurar nas séries algo mais que entretenimento, para não ser somente uma diversão vazia, gosto dos bastidores do futebol americano como plano de fundo e mesmo que eu esteja super atrasado com ela ao ponto de não poder falar mais, Necessary Roughness é uma que não vou tirar da minha lista até acabar e essa e a primeira vez que falo dela, mais não será a última!


Eu sei que esse post já está gigante, mais eu preciso fechá-lo com o que disse no começo da parte 1, com os planos de aumentar o número de séries da USA Network na minha lista. Já faz um tempo que In Plain Sight e Burn Notice me chamaram a atenção. A última ainda mais quando Matt Bomer e Piper Perabo (White Collar e Covert Affairs respectivamente) mostraram interesse num crossover triplo entre as séries e os produtores das três reiteraram esse interesse durante a Comic Con. São cinco temporada sobre Michael Westen (Jeffrey Donovan), um espião demitido (ou queimado) que retornar a cidade a Miami para descobrir o motivo da decisão e passa a ajudar pessoas que a policia não quer ou não pode ajudar enquanto faz sua investigação particular.

Já em In Plain Sight, Mary Shannon (Mary McCormack) é uma agente do Programa de Proteção a Testemunha que tem que equilibrar sua vida com a discreta e perigosa profissão de proteger testemunhas dos mais diversos crimes. Ambas com premissas interessante e não tenho dúvidas que vale uma conferida. Só não tenho tempo para isso e se em algum momento eu tiver, quem sabe uma parte três da "Party in the USA",contando como eu me viciei nelas?

Ficou longo! Prometo ser mais breve da próxima vez!

Ou não...

Até! =)

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