Somente nos dois últimos episódios de The Walking Dead que eu consegui enxergar àquela série da primeira temporada, cheia de ação e momentos que deixavam o espectador com o coração na mão, além, é claro, de torcer e se emocionar com as fugas dos sobreviventes. Foi um grande prazer a reta final da segunda temporada que foi em grande parte sofrível.
A primeira parte, lidando com o desaparecimento de Sophia e o surgimento da fazenda de Hershel foi o maior "enche-linguiça" que eu já vi em tempos. Na verdade, essa fazenda foi a pior coisa que poderia ter surgido no caminho da série e vou além, nem mesmo a adição dos até então novos personagens servia de justificativa, porque exceto por Maggie talvez, nenhum deles se mostrou válido, principalmente Hershel com sua moralidade inicial que junto com os escrúpulos infinitos de Rick, criou um dobradinha difícil de engolir.
Mas ainda sobre Sophia, tudo bem ela ter sumido e tal, e durante algum tempo foi válido, entretanto, passar metade da temporada nesse "chove e não molha" foi uma decisão que ainda não consigo compreender. A história não avança de modo algum, as tensões eram as mesmas, principalmente a briga "cão e gato" de Shane e Rick. De verdade, algum dos dois tinha que morrer. No final das contas até fiquei feliz por ter sido Shane porque não dava mais para aguentar aquele personagem no estágio em que estava.
Tá, vamos voltar pra ordem. Ai voltou do hiato, tudo mais e ficou claro que no cenário bucólico do campo não ia passar. Aí houve um reviravolta e as coisas pareciam que ficariam mais animadas. Mas não. Mas uma vez The Walking Dead provou que não sabe ser sucinta, nem aproveitar seus próprios ganchos, optando por mostrar coisas que todos já estão cansados de ver e de exaltar as mesmas qualidades e defeitos dos seus personagens.
Quando o fatídico Randall surge na história, prova-se que ele é mais um pretexto desnecessário para a morte de Dale. Primeiro que o fato de Rick ter quase morrido para salvar aquele garoto foi algo que não tinha porquê. Depois aquele "mata ou não mata" por três episódios? Essa foi a histórias dos episódios 9, 10, 11 e 12, decidir se o garoto ia ou não morrer. Enfim, Shane o matou, amém.
A season finale foi grande, principalmente a invasão da fazenda (que me deixou feliz por vê-la queimando) ao estilo Madrugada dos Mortos e aquela fuga desesperada, cada um por si. Foi talvez a cena mais tensa e emocionante de toda a temporada, inclusive sobre a morte de Sophia. Eu já estava tão cansado desse lenga-lenga que quando Rick a matou só pude pensar: "finalmente".
E antes de finalizar falando sobre a aristocracia que surge no final do episódio, o que foi aquela figura macabra com direito a espada na mão e dois guarda-costas zumbis que salvou Andrea? Virou "Supernatural" e aquilo é o demônio? Enfim, pelo menos Andrea não morreu, porque isso era uma preocupação minha.
E finalmente, Rick resolver surtar e para variar, demorou bastante. Agora ela está quase se tornando um líder nazista que centralizou o poder em suas mãos. Apesar de nunca ter conseguido enxergar dele um líder como a série queria que ele parecesse, essa nova postura contribui mais para isso, do que a conhecida apatia, milhares de escrúpulos e a vontade de fazer tudo certinho. Apesar da fala de Dale ter sido muito legal e tal, o mundo mudou, dane-se as leis, mate quem tem que matar e pronto!
Num balanço geral, a segunda temporada não surpreendeu e empolgou menos do que a primeira, isso é claro no meu parecer, porque pelo que vi, o segundo ano de The Walking Dead agradou, o que é de se estranhar, porque qualquer outra série que tivesse enrolado tanto quando essa teria sido sumariamente escrachada. Mas fazer o que, as pessoas amam zumbis...
Obs.: Pode não parecer, mais o post foi pra falar que eu gostei pra caramba da Season Finale.
3 comentários:
Essa temporada só teve lampejos de qualidade ¬¬
Bem, para quem nunca leu a HQ de Walking Dead e espera que seja uma série pura e simplesmente de ação, rasa e sem conteúdo, essa temporada talvez tenha deixado a desejar.
O ponto forte da série é justamente o roteiro - mesmo porque só pelos atores ficaria complicado de se sustentar. O que o autor do artigo se referiu como "encheção de linguiça" são os acontecimentos que reduzem a velocidade da trama, mas dão densidade aos personagens e seus atos.
Mas bem, se a pessoa quiser ver algo com muita ação e/ou terror, existe uma vasta filmografia nos respectivos ramos. Walking dead é bem mais do que isso, mas tem que gostar de pensar.
Apesar de não parecer, a série não é pra girar em torno de um "apocalipse", onde "precisamos saber o que aconteceu com o mundo"..
não é pra ter tanta ação, não traz mistérios, é uma série pra vc se envolver com os personagens,que lutam pela sobrevivencia...
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