Os céus estão caindo! Considerações sobre Falling Skies

Eu demorei bem mais do que previa para escrever sobre Falling Skies e agora o trabalho é dobrado (o motivo no final do post). Era segunda-feira a noite quando parei bastante ansioso para ver o episódio duplo de estreia e quando digo ansioso, foi numa ansiedade trabalhada ao longo dos meses, no processo de conhecer a série. Falling Skies nem de longe foi uma série que eu estava morrendo de vontade de assistir, porque não sou um aficionado por ficção científica, mais o gênero me atrai de forma sutil.

Então, conforme os dias para estreia foram diminuindo e as informações por todos os lados em praticamente enfiadas goela abaixo, fui começando a ficar ansioso e a querer ver do que se tratava de verdade a série e o que estava por trás da bela edição e efeitos dos traillers, além das sinopses elaboradas para chamar atenção.

Uma das coisas mais interessante que logo de cara me saltou os olhos foi a grata decisão contar a invasão de uma forma rápida, utilizando de uma sessão quase psicológica, onde o personagem Matt, conta através de desenhos, como tudo aconteceu, da chegada dos invasores, como perdeu a família e todo básico essencial para se começar a história. Fazendo isso, Falling Skies deixa para trás as cenas da chegada das naves e da destruição das grandes cidades, nos poupando de cenas bem parecidas com Guerra dos Mundos e abrindo margem para eventuais flashbacks que podem vir a ocorrer ao longo da série.

Depois dessa introdução, conhecemos os principais personagens, Tom (Noah Wyle) e Hal (Drew Roy), pai e filho junto numa primeira cena de ação. Esteticamente falando, a ambientação de uma cidade dizimada e vazia que Falling Skies conseguiu é superior a que The Walking Dead fez, mas seus "saltadores" e "mechas" (como são divididos os alines) ainda me parece grosseiros e falta um acabamento melhor para que fiquei por exemplo, como os Cylons de Battlestar Galactica.

Destaco também os personagens e atores que conseguiram ser carismáticos, principalmente o protagonista, que faz um combatente calmo, preocupado e sempre com um tirada histórica na ponta da língua. Como próprio ator falou em entrevista, é tudo sobre a família e sobre humanos. O foco da série não está somente em tiroteios e explosões, apesar disso atrair grande parte dos telespectadores. Os personagens oferecem uma série de possibilidades e por transmitirem essa empatia, sofrer e torcer para que tudo der certo, deixa a experiência da série mais válida.

Outro ponto, são as referências históricas que a série tem, principalmente com a Revolução Americana, a começar pela cidade escolhida para a série passar. Boston foi o lugar de várias rebeliões, manifestações e batalhas pela liberdade dos Estados Unidos do domínio inglês, Também há várias citações sobre isso ao longo do episódio, uma nova guerra de reconquista para o povo americano.

Os dois primeiros episódios não foram aquele coisa incrível como nos fomos feitos pensar que seria, mesmo assim, não foi ruim. A audiência foi a maior da tv paga americana do ano, batendo até mesmo Game of Thrones, e tenho um pouco de medo disso, já que conhecemos essa história, a série começa com tudo e vai lentamente baixando a audiência até o cancelado. Espero realmente que esse não seja o destino de Falling Skies e que ela tempo para evoluir, porque tudo que séries de ficção precisam é de tempo, para além de conquista o interesse, conseguir achar o seu caminho, que na prática é mais difícil que na teoria.

Bem, sobre o trabalho dobrado é que além de comentários esporádicos aqui no Falando em Série, eu também estarei escrevendo semanalmente episódio por episódio no Canal de Séries e sugiro que você passe por lá e comente e participe das discussões sobre Falling Skies, assim como todas as série que o blog escreve.

Eu vejo você por aí! =)

Até!

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