Ao terminar de assistir aos 190 e poucos episódios em 8 temporadas de Will & Grace eu só confirmei o que já havia notado à muito tempo. São poucas coisas que se tornam inesquecíveis e cuja lembrança fica guardada. Talvez você possa não ser tão envolvido com o que assiste ao ponto de chorar ou ficar saudosista quando acaba mais, eu sou completamente visceral para algumas coisas e séries é uma delas. Will & Grace não foi apenas uma série que eu vi para passar o tempo. Bem, começou assim, mas não demorou muito para ela conquistar um lugar tão cativo e seleto em mim. Foram seis meses que equivalem igualmente aos 8 anos e a saudade que fica.
Você pode dizer, mais a série já acabou faz tempo! Para mim acabou hoje! É como se eu tivesse sido transportado para maio de 2006 e estivesse vendo ao vivo com os milhões de americanos que o fizeram a cinco anos atrás. Jack, Karen, Will e Grace já fazem parte da minha lista de séries inesquecíveis, personagens inesquecíveis e do mais que seleto grupo de séries que me fizeram chorar. Vergonha de admitir? Não mesmo! Orgulho? Com certeza!
Permita-me traduzir uma matéria de 09 de Maio de 2006 que vai resumir todo que eu gostaria e tudo o que a série foi em seu tempo:
"Goodnight Gracie: Will & Grace - O Fim de Um Marco"
Por Lynn Elber
LOS ANGELES - Era uma vez numa rede de TV um homem gay chamado Will e uma mulher chamada Grace que se tornaram queridinhos inesperados, desafiando a timidez da televisão em relação a homossexualidade e manteve a coroa da comédia com a NBC.
Oito anos após a estreia, Will & Grace, a saga dos amigos platônicos chega ao fim fazendo surgir novos personagens gays em outros shows à procura de um novo hit. Will & Grace cutucou as fronteiras da cultura e da comédia, mais seu sucesso veio a partir do básico, de acordo com aqueles que fizeram a série: "Ser engraçado e uma boa companhia".
"David (Kohan) e eu sempre dissemos que o show consistiu em um mundo de pessoas que os telespectadores gostariam de conhecer e sair", disse Max Mutchnick, criador da série. "Will & Grace é sobre a amizade. Todo mundo que esse tipo de relacionamento em suas vidas vidas. Gays, heteros, negros ou brancos.”
O veterano diretor James Burrows tinha o poder para escolher projetos à vontade, mas tomou uma decisão incomum e ficou ao longo de 196 episódio como o único diretor e produtor executivo do show. "Porquê? Ele me fez rir toda terça à noite ao longo de 8 anos", disse ele.
Will & Grace fez parte de uma família poderosa de sitcons da NBC nascido nos anos 90 que incluiu Seinfeld e Friends e é o último de sua geração a acabar, aumentando o vazio para a rede de classificações. Alguns críticos argumentaram a qualidade do show, embora o elenco e os criadores tenho saído de cabeça erguida, citando suas 15 indicações ao Emmy do ano passado.
"Era a hora de ir", disse Burrows. "A América não iria vê-los como costumava. Eu não posso te dizer porque! Foi tão engraçado como nunca foi!".
Brincadeiras entre a alta sofisticação e a obscenidades transformaram o curso de Will e Grace (Eric McCormack e Debra Messing) entre os solavancos de sua amizade e vidas amorosas. Adicione um parte de companheiros que habilmente roubaram as atenções, Karen e Jack (Megan Mullally e Sean Hayes) e os telespectadores se apaixonaram.
"Oito anos atrás um show com dois caras gays teria um grupo seleto", disse McCormack. "O oposto aconteceu. Crianças assistiam, homens e mulhers assistiam. Todos queriam saber quando Will ia arrumar um namorado."
E o personagem finalmente o fez, embora a série jogasse a homossexualidade para o humor - principalmente através do esvoaçante Jack - também mostrava a paixão descarada e aberta. O show não "levantou bandeiras", disse McCormack, explicando que a rede tinha reservas sobre a homossexualidade de Will, uma advogado sério. Nós poderíamos facilmente ter feito dessa show muito mais controverso e, talvez, teria sido mais quente, contudo poderíamos ter terminado após seis episódio", disse ele.
Alguns telespectadores reclamaram da falta de romance em Will, assim como a personalidade ultrajante de Jack. "Você tem que representar cada cor das minorias em qualquer apresentação afim de explicar as pessoas que há sim pessoas como ele, mas também existem pessoas como Will, que são provavelmente mais relevantes na comunidade gay do que os Jacks do mundo", disse Sean Hayes.
O humor da série nunca ofendeu as organizações dos direitos gays. "Sem dúvidas Will & Grace foi inovador", disse Neil G. Giuliano, presidente da Gays & Lesbian Against Defamation. "Ele provou que os personagens abertamente gays podem ser abraçados pelo público americano e colocar Will e Grace no hall dos personagens de TV clássicos e amados como Lucy e Ricky de ‘I Love Lucy’.
A maioria dos casais de sitcom consistem de maridos e esposas envolvido em baixo nível de discussões ou atraídos por jovens solteiros que estão flertando com cautela e provocando até os roteiristas finalmente forçá-los a transar e a diversão acaba.
No caso agridoce de Will & Grace, houve a química de um grande amor no qual jamais seriam amantes. Isso eliminou o problema de uma decepção pós-término, e tornava fácil imaginar um final feliz. No episódio final, Will e Grace testarão seus vínculos. "Foi ousado, ambicioso e de maior alcance do que a maioria dos finais vão", disse McCormack. "Acho que as pessoas ficarão surpresas."
"Acho que os fãs de Will & Grace ficaram satisfeitos", disse Debra Messing. "Em última análise, foi feito lindamente e amarra as pontas soltas para todos os personagens de uma forma maravilhosa".
E foi... INESQUECÍVEL! Goodnight Gracie...